sábado, 31 de dezembro de 2016

Riscos Alarmantes de 10 Remédios que Todo Mundo Consome


Seja para dor de cabeça, no estômago ou até mesmo para aquela indigestão após o almoço, se automedicar no Brasil é prática comum entre a maioria das pessoas, afinal todo mundo costuma manter em casa ou na bolsa uma pequena farmácia particular para qualquer contratempo.

Óbvio que em alguns casos 1 comprimido pode salvar o dia e resolver o problema imediatamente, mas o perigo existe se a automedicação vira rotina e a pessoa já não consegue viver mais sem remédios para qualquer tipo de indisposição.
Em seu mais recente livro, "Tarja Preta - Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma", publicado pela revista Superinteressante da Editora Abril, Marcia Kedouk dedica um capítulo inteiro sobre o perigo real da automedicação.

Ela alerta, por exemplo, que um despretensioso sal de fruta altera o pH do estômago e pode provocar até mesmo alcalose - que é quando o sangue e outros líquidos corporais se tornam básicos e sobrecarregam os rins e os pulmões.

A autora listou os efeitos indesejados de 10 medicamentos comuns e muito consumidos pelos brasileiros. Veja quais são eles:

1 - Tylenol

Princípio ativo: Paracetamol
Para que serve: Dor e febre
Efeitos indesejados: O paracetamol quando metabolizado pelo fígado se transforma em uma substância tóxica chamada de NAPQI, que normalmente é rapidamente eliminada pelo corpo. O problema é que em adultos doses a partir de 4 gramas por dia ou 1 grama de uma única vez podem sobrecarregar o fígado, causando assim lesões irreversíveis e em alguns casos até falência órgão.

As superdosagens podem acontecer porque outros medicamentos também possuem o mesmo princípio ativo. E a mistura do Tylenol com um anti-inflamatório, por exemplo, pode provocar overdose acidental.

2 - Neosaldina

Princípio ativo: Dipirona, mucato de isometepteno e cafeína
Para que serve: Dor e febre
Efeitos indesejados: Os efeitos colaterais da dipirona agem diretamente no sangue, ou melhor, na diminuição da quantidade de células do sangue, como glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Outro alerta diz respeito ao risco de choque anafilático – reação alérgica grave que mesmo quem está acostumado a usar a medicação pode sofrer.
Não à toa países como Austrália e Estados Unidos já proibiram o uso da dipirona.
Marcia Kedouk ainda alerta que o uso indiscriminado de remédios comuns para dor de cabeça diminui a capacidade de o corpo liberar endorfina – o nosso analgésico natural.

3 - Dorflex

Princípio ativo: Dipirona, citrato de ofernadrina e cafeína
Para que serve: Dor, principalmente muscular
Efeitos indesejados: Além dos efeitos colaterais da dipirona, a superdosagem da orfenadrina é tóxica e pode levar à morte. Boca seca, alterações nos batimentos do coração, tremor, agitação, delírio e coma são alguns dos efeitos em doses altas.

4 - Aspirina

Princípio ativo: Ácido acetilsalicílico
Para que serve: Dor e estágios leves de febre
Efeitos indesejados: 8 comprimidos de Aspirina são suficientes para causar choque cardiovascular e insuficiência respiratória – isso porque doses altas aumentam o risco de excesso de acidez no sangue e baixa acentuada de glicose.

Em diabéticos, o uso indiscriminado da Aspirina pode causar hipoglicemia – uma vez que essas pessoas já usam medicamentos para controlar a doença.

Combinada com outro anti-inflamatório ou álcool, o uso da Aspirina aumenta as chances de úlcera e sangramentos estomacais e intestinais severos.

5 - Salonpas

Princípio ativo: Salicilato de metila e levomentol
Para que serve: Dores musculares
Efeitos indesejados: Os efeitos colaterais de medicamentos aplicados na pele são mais raros, pois é difícil o organismo absorver o remédio. No caso da Salonpas, o risco existe se o paciente toma algum tipo de anticoagulante, medicação para diabetes, se é alérgico ao princípio ativi da Aspirina, ou ainda se tem sangramentos gastrointestinais ou problemas nos rins ou fígado.

6 - Eno

Princípio ativo: Bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico
Para que serve: Queimação no estômago
Efeitos indesejados: Dois envelopes de Eno contêm 1,7 grama de sódio - quase que a recomendação máxima diária de consumo que é 2 gramas. Ou seja, este simples medicamento pode ser uma bomba principalmente para quem tem pressão alta e problemas no coração.

O uso indiscriminado de Eno pode alterar o pH do estômago e, assim, sobrecarregar os rins e os pulmões. Além disso, o excesso de antiácidos, de uma maneira geral, pode reduzir a absorção de nutrientes e diminuir as defesas naturais do suco gástrico, aumentando assim os riscos de contaminação de alimentos.

7 - Omeprazol

Princípio ativo: Omeprazol
Para que serve: Dores no estômago, principalmente as provocadas por lesões das mucosas
Efeitos indesejados: O Omeprazol age na diminuição do suco gástrico e seu uso por um longo período pode causar efeito-rebote, gerando assim o excesso de produção de gastrina.
Além disso, assim como os antiácidos, o uso frequente e sem acompanhamento médico do Omeprazol pode aumentar o risco de infecções e dificultar o organismo a absorver nutrientes.

Seu uso por muito tempo pode provocar, por exemplo, a diminuição severa dos níveis de magnésio causando em alguns casos problemas cardíacos.


8 - Neosoro


Princípio ativo: Cloridrato de nafazolina
Para que serve: Desentupir o nariz
Efeitos indesejados: A nafazolina pode induzir a tolerância, efeito-rebote e até dependência psicológica. Seu uso frequente faz com que o corpo acostume com a medicação e exija uma quantidade maior do produto.

Além de uma rinite medicamentosa, o Neosoro pode aumentar a pressão sanguínea e trazer problemas para o coração.

9 - Torsilax

Princípio ativo: Diclofenaco sódico, carisoprodol, paracetamol e cafeína
Para que serve: Dores musculares
Efeitos indesejados: Anti-inflamatórios de uma maneira geral podem atacar as mucosas do trato digestivo, causando assim náusea, vômito, diarreia, cólicas abdominais, sangramento gastrointestinais e úlceras.

10 - Amoxil

Princípio ativo: Amoxilina (antibiótico)
Para que serve: Infecções (combate de bactérias)
Efeitos indesejados: O uso indiscriminado de antibióticos pode levar a proliferação de bactérias resistentes, chamadas de superbactérias.
Fonte: Exame

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

TAO – A Sabedoria do Silêncio Interno


Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia.

Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi.

Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.

Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos.

Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluida.

Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.

Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação.

Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão. Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito incomodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe.

Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.

O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda-nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles.

Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afeta, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de convencê-los para ser feliz. O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo.

Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para abster-se de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO. Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio.

Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação. Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este se converterá num veneno, que o envenenará rapidamente.

Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais ser o que têm a capacidade de ser. Por outras palavras, viva seguindo a via sagrada do TAO.

Texto Taoista

A vida, essa chata


Burocracia, trânsito, gente implicante, reunião de condomínio, chefe cri-cri, sala de espera... É possível passar por tudo isso sem tanta irritação e mal-estar.

Pode apostar: você não tem a menor ideia de qual é o nosso maior problema ao enfrentar as chatices que o destino coloca no nosso caminho. Juro, não sabe, como eu não sabia, porque se soubesse não teria o menor interesse em ler esse texto. É algo óbvio, tão simples, que talvez você nunca tenha pensado nisso. A resposta a essa questão, na verdade, é a grande chave para matar a charada. E, graças a Deus, você não vai precisar chegar ao último parágrafo desse texto para entender porque temos tanto horror do que desafia nossa paciência e tolerância. Vou entregar o segredinho agora, logo de cara.
Existe um motivo básico e onipresente toda vez que algo nos tira do sério. Em geral, temos faniquitos diante das chatices porque secretamente achamos que o mundo deve se curvar (se possível, imediatamente) aos nossos desejos. Então, quando ele não se inclina diante dos nossos caprichos, certamente por causa de um impertinente insuportável, a gente fica fora de si. As emoções negativas sobem como um vulcão. E talvez nosso desejo mais íntimo passe a ser torcer o pescoço daquele implicante inveterado.
Essa reação acontece porque falta-nos uma informação básica em nossa educação emocional: a de que chatos e chatices sempre farão parte da nossa estadia neste mundo. É o preço que pagamos pelos seus mares azuis, seu clima ameno, suas verdejantes florestas e os momentos inefáveis de amor que podemos viver. Assim como as algas flutuando na água dos oceanos, as chatices são inerentes à nossa existência. Vêm no pacote. E não dá para brigar feito um louco com esse pedágio planetário. A vida não vai se render aos seus caprichos e necessidades. Como uma rainha, ela desfilará altiva diante do seu nariz enquanto você ferve de ódio e raiva. Ela é indiferente ao que você acha ou não acha dela.
Por isso, conforme-se. Não vai ter uma vaga eternamente esperando por nós, nem funcionários atentos e competentes para atender nossos mínimos desejos, o trânsito fluindo a qualquer momento e somente dias ensolarados e sem nuvens. Exigir esse mundo utópico onde todas as nossas necessidades sempre serão satisfeitas é uma perda incomensurável de tempo e energia. Então, relaxe. Aceite. A vida não é um mar de rosas. A existência não vai ceder aos nossos anseios. E ataques de ódio, estratégias de sedução ou estratagemas maquiavélicos não vão adiantar. Porque se o esperneio ou uma saída inteligente podem resolver um caso, ali na frente já vai ter outro que vai exigir ações diferentes. Querer manipular a vida dessa maneira é desgastante e inútil. Além de ser uma ilusão de controle, que fatalmente vai ser quebrada em algum momento, às vezes com muita dor.
Então, se quiser brigar com as chatices, escolha aquelas que valem a pena, se não quiser ser consumido por elas. “Reconhecer, do fundo do coração, e de uma vez por todas, que a vida não vai se comportar do jeito que a gente quer, e que temos de aprender a lidar com isso, traz um imenso alívio emocional. A partir dessa conclusão, não sofremos tanto com a realidade. E se formos interferir no que acontece, vai ser de outra forma, mais sábia e inteligente, pois com base nessa aceitação interna, estaremos mais calmos e centrados. E o resultado será mais eficaz”, diz a psicóloga paulista Irene Cardotti.
E aí vem o pulo do gato: a vida não pode mudar, mas você, sim. A única coisa real que pode aliviar o curso indiferente da chatice é a sua atitude diante dela. Ponto final. O restante desse texto é para você saber como fazer isso.
Esses adoráveis malas sem alça
Edith Wilson Macefield era uma velhinha curvada de 86 anos, com olhos azuis acinzentados e óculos com aros de metal. Ela se recusava a vender sua casinha para que fosse erguido, no lugar, um shopping gigantesco em Seattle (EUA). Para a construtora, ela era uma chata de plantão. E para Barry Martin, o engenheiro de operações encarregado de falar com ela, um verdadeiro enigma. Por que alguém se recusaria de maneria tão firme a vender sua residência por uma oferta dez vezes maior do que o valor real?
Barry escreveu um livro fascinante, Uma Casa no Meio do Caminho (Sextante), sobre o que aprendeu com essa velhinha cri-cri que depois se tornou sua amiga e mestra. Ele conta como saiu completamente transformado depois dessa relação: com Edith, ele aprendeu a enxergar seus próprios limites, a ultrapassá-los, a lutar pelo que acreditava, e a encarar seus adversários de frente. “Durante o tempo em que convivemos, a casa de Edith se tornou minha escola”, escreveu ele no primeiro capítulo.
E, de fato, existem boas lições para aprender com os chatos de plantão. Eles nos ensinam muito sobre quem realmente somos porque nos tiram da zona de conforto. Sacodem nossas certezas internas, atingem nossos pontos fracos, nos provocam. E nos colocam nus diante de nós mesmos. São seres extraordinários, essas pessoinhas: podem revelar mais sobre nós do que 50 sessões de terapia. Aliás, a situação ideal é justamente fazer terapia quando um ou mais chatos estão pegando no pé. Eles são mestres aceleradores de consciência, se soubermos lidar com essa experiência enriquecedora.
Eu mesma aprendi muito com aqueles que me tiraram da minha toquinha aprazível de crenças. Durante seis meses, um desses provocadores foi meu amigo no Facebook. Extremamente inteligente, mas de centro-direita, ele afugentou de cara a maioria dos meus amigos de esquerda, que ficaram indignados com a presença dele por ali. Como eu aceitava dialogar com uma pessoa tão diferente do que eu era e pensava? Por que não excluía esse reacionário da minha lista? E, o pior para mim, o que eu tinha a ver com ele? Iconoclasta como Krishnamurti, de quem era fã, o moço não perdoava qualquer deslize conceitual de minha parte ou incoerência. A cada frase era obrigada a checar o que estava pensando: acreditava mesmo no que estava falando? Era isso mesmo o que queria dizer? Ele se manifestava em todo e qualquer post, com bastante senso de humor, mas também com provocações agudas. Fui obrigada a passar a régua em boa parte de minhas crenças nesse período. Muitas vezes, fervi de raiva. Outras, senti um carinho real, apesar das enormes diferenças de pensamento que nos separavam. Mas confesso que nesse embate nunca nos ferimos mortalmente. No final do ano, nos despedimos inclinando a cabeça um diante do outro como dois espadachins: concluímos que nossas discussões não beneficiavam ninguém. Mas, se um dia me perguntarem, diria que sou muito grata a esse inesperado professor que me obrigou a refletir mais profundamente sobre boa parte do que acredito.
O porquê do chilique
Não aceitamos a vida do jeito que ela é em parte porque pertencemos a uma geração já acostumada a ter uma parcela de nossas necessidades atendidas na infância. Somos mimados, caprichosos. Nos sentimos muito especiais. E esse é um grande problema. “Lidamos mal com a frustração. Num mundo mais limitado e frustrante, chegamos à maturidade com mais jogo de cintura e menos exigências, além de muito menos arrogância. Já numa época em que a maior parte das vontades foram atendidas rapidamente, nos tornamos insaciáveis e críticos”, afirma Irene Cardotti. O pior é que nem nos damos conta que os insuportáveis podem ser nós mesmos.
Rafael Santandreu, médico espanhol da linha da psicologia cognitiva e autor do livro Pare de Fazer Drama e Aproveite a Vida (Sextante), dá duas razões para que isso aconteça. Para ele, temos o hábito de transformar expectativas em necessidades prementes que, se não forem atendidas, convertem-se em ansiedade, angústia, raiva ou depressão. Ele as batiza, em tom de brincadeira, de “necesseítes”, isto é, de necessidades patológicas, ou neuroses. As expectativas (que podem ser legítimas, inclusive) almejam um mundo perfeito, equilibrado, certinho e aprazível. Tudo bem, nada contra. A questão é que, quando nossas expectativas são transformadas em necessidades, exigimos que o mundo seja assim. E sofremos se ele não for.
Santandreu também acha que exageramos e dramatizamos a maioria dos acontecimentos chatos porque achamos que o mundo deve nos servir. E também porque só aceitamos as situações se forem boas, na nossa avaliação, é claro. Em resumo, sofremos não exatamente pelo ocorrido, mas pelas crenças negativas (medos, na maioria) que temos sobre os desdobramentos daquilo. Essa visão pode tornar a vida bem complicadinha. Mas qual seria a solução? Santandreu tem várias sugestões para minorar esse problema. Acho uma delas genial. Quando nos tornamos seres lamurientos com as chatices da vida, devemos nos perguntar: o que o físico Stephen Hawking, portador de uma doença degenerativa progressiva, ou o ator Christopher Reeve, que ficou imóvel do pescoço para baixo, pensariam sobre nossas dificuldades? Eles sempre foram felizes e atuantes, apesar da condição física incapacitante. E nós? O que poderíamos dizer sobre nossos obstáculos para eles?
O médico aconselha a pensar em como nossa vida é breve. Isto é, começar a nos perguntar sobre nossos incômodos: são tão importantes assim? Muitas vezes, é algo passageiro. Outras, é algo que não nos atinge verdadeiramente, e que exageramos no seu valor, como ele diz. Ou pode ser que aquele chato de plantão só esteja esperando alguém que interaja com mais humanidade e respeito para com ele para se tornar uma pessoa muito interessante, como a velhinha Edith. Com mais acolhimento, humor e leveza, e sem desejo de manipulação, pode ser até que a relação mude. Ou não. Mas se não se transformar e continuar no seu rumo de sempre, você, que já sabe que a vida inclui inexoravelmente suas chatices, já não será tão vulnerável a isso.
LIANE ALVES baixou a crista quando um funcionário cri-cri a ensinou que raciocínio ágil não tem o menor valor diante, por exemplo, da burocracia.
Liane Alves

Como envelhecer


É possível apreciar a vida, alimentar paixões, manter o olhar curioso e ter a liberdade de ser você mesmo – hoje e sempre – apesar das dores, desilusões ou dificuldades do caminho

Tio Josias ou Jó, como gostávamos de chamá-lo, estava com 82 anos. Era o irmão mais velho da minha mãe. Lembro dele como um homem grande, pouco afeito a palavras gentis. Ria pouco, brincava pouco, abraçava pouco. Era parecido com a minha avó Esther, na aparência e no afeto medido a conta-gotas. Eu não via tio Jó havia muitos anos. Um dia, minha mãe me ligou e deu a notícia: “Meu irmão Josias morreu na quinta” – era um domingo. Eu não sabia ainda o que falar, quando ela emendou. “Falei com ele na segunda, se despediu dizendo que eu ficasse bem. Ele só estava esperando seu dia de partir. Morava sozinho, porque não queria dar trabalho para os filhos, e passava todo o tempo no apartamento, só esperando... Deixou até mesmo o próprio enterro pago”, contou. “Também, já estava com 82 anos”, finalizou ela, e entramos em outro assunto. 

Estar com 82 anos é mesmo pré-requisito para partir? Se tem algo que me dá um baita receio é ir embora com a sensação de que a festa ainda não acabou. Essa, aliás, é uma reação que adoro ver em meus filhos: eles sempre querem aproveitar cada instante (de uma festa, de um passeio) até a última gota. É intenso, o tempo todo. Faz sentido, porque, pra gente, esse é um comportamento normal de quando se é criança. Mas por que a vida não pode seguir assim, intensa, apaixonante, divertida em todas as idades? Não quero esperar o tempo passar para ver a festa, chamada vida, terminar ou, pior, sair antes mesmo de ela se dar por encerrada. Fazer isso pode ter um preço alto: o de não viver. Isso me recorda a poetisa Cora Coralina, que teve seu primeiro livro publicado com quase 76 anos – ela morreu com 96 –, e de uma frase que li e cuja autoria é remetida a  Como ela: “O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada”. Cora Coralina, aliás, é só um exemplo entre tantos outros escritores que se dedicaram às palavras depois de... velhos, quando, normalmente ou socialmente, se espera que você se acomode em uma cadeira e conte os dias sentado numa poltrona. Mas como envelhecer com plenitude, aproveitando o melhor da caminhada, como diria Cora Coralina?

 A socióloga, jornalista e escritora inglesa Anne Karpf é autora do ótimo Como Envelhecer (Objetiva), que faz parte de uma coleção lançada pela The School of Life, e dá uma pista: para envelhecer bem é necessário falar sobre aquilo que mais nos apavora, enfrentar medos, barreiras dentro e fora da gente. E envelhecer e morrer (os dois juntos, nessa sequência) está entre os temas que mais nos amedrontam. No entanto, por mais irônico que pareça, se existe algo certo é que vamos envelhecer e morrer. É inevitável.

 O problema, segundo Anne, é que gastamos energia demais na luta contra a passagem do tempo, e que poderíamos dedicá-la a viver de uma forma mais plena. “Para um grande número de pessoas, envelhecer significa empobrecer, o que, por sua vez, impede os mais velhos de viver os prazeres e a plenitude da vida”, escreve Karpf. Então, nesta reportagem, não vamos falar sobre como barrar esses processos (não dá).

 Nem como chegar aos 70 como se tivesse 50. Ou dos métodos para que a passagem do tempo não seja avassaladora para o seu corpo – isso você encontra nas boas reportagens de saúde. O caminho pelo qual optamos aqui é como ser você – ou encontrar a sua melhor versão – em cada fase da vida. E, para isso, peço licença para usar um dos mais belos exemplos que li no livro de Anne Karpf: “O processo de envelhecimento é tão caricaturado e repudiado que as pessoas mais velhas costumam dizer, surpresas: ‘Não me sinto velha, ainda me sinto  como se tivesse 18 por dentro’. Elas ainda têm 18 anos por dentro – e 8, e 28, 38, 48 e 58: todas as idades anteriores não são estripadas pela idade, e sim cobertas umas pelas outras, como anéis no tronco de uma árvore”. Sim, somos como um tronco de uma árvore ou como um bolo em camadas (imagem, aliás, usada lindamente para ilustrar estas páginas), e todas as idades nos pertencem, fazem parte de nós, uma a uma. 

Mas por que, afinal, temos tanto receio de ver a pele ficar flácida e os cabelos, brancos? Um desses fatores é cultural. E perpetuamos isso todos os dias. Quando se fala em alguém com 70, 80 anos, em geral usamos ícones relacionados a enfermidades: pessoas encurvadas, com olhar triste, solitárias, usando bengala. “As pessoas mais velhas costumam ser identificadas não pelas suas capacidades, mas pelas deficiências”, explica Karpf. Para não ajudar, os artigos de revistas falam sobre “como ficar fabulosa aos 50”. São textos que não nos desafiam, mas tentam apenas nos ensinar como maquiar ou encobrir os sinais da velhice. A realidade é que a quantidade de pessoas com 80 ou mais só tende a aumentar – estamos vivendo mais. “Esses homens e mulheres passam a ser vistos como um fardo. E, pior, as pessoas não se enxergam como idosos, parece um futuro que não pertence a elas”, continua Karpf. 

Como vamos lidar bem com o próprio envelhecimento se olhamos para isso com medo e sem admiração por quem já chegou a essa fase da vida? “O envelhecer é um processo que começa no nascimento, nunca cessa e sempre tem o potencial de enriquecer nossa vida”, pontua Karpf. Existem algumas maneiras de lidar com isso. 

Há projetos, espalhados pelo mundo, que mostram que a idade cronológica, muitas vezes, realmente não importa. Um deles é a Generations United, uma organização americana que estimula a colaboração entre gerações. A convivência pode ser um caminho lindo para reduzir as distâncias. Na prática, eles colocam idosos para conversar com jovens e crianças e, juntos, debaterem soluções para a comunidade. Magic Me, o mais importante organizador britânico de projetos internacionais, reúne meninos e meninas com mais de 8 anos com gente com mais de 60 para realizarem atividades criativas, como música, teatro, fotografia.
 
Até o momento a ciência ainda não descobriu como evitar que o corpo envelheça ou, se me permite, que o ciclo de vida se complete, num processo de amadurecimento que pode nos transformar em frutas maduras, tenras e doces ou em algo amargo e difícil de digerir. Todos temos esse poder de escolha. O que torna isso difícil é o fato de nossa sociedade supervalorizar a juventude – o que cotuma ser mais perverso para quem vive em torno da aparência. Só que envelhecer não é só um processo fisiológico, é também psicológico, intelectual e cultural. 

Há anos, a antropóloga Mirian Goldenberg se dedica a entender não apenas a velhice mas a liberdade de poder ser aquilo que se deseja em qualquer idade. Seu último livro, Velho É Lindo! (Civilização Brasileira), traz na capa um casal de idosos pelado, de braços para cima (numa expressão de contentamento). Sim, é uma provocação. “De biquíni ou de maiô, minissaia ou calça jeans, o que interessa é que somos cada vez mais livres para reinventar a nossa ‘bela velhice’. E para mostrar, aos velhos de hoje e aos de amanhã, que ‘velho está na moda’; mais ainda, que ‘velho é lindo!’”, escreve Goldenberg para, em seguida, citar a passagem de uma entrevista com a atriz Marieta Severo. “Vejo tanta gente preocupada em colocar botox na testa. Eu queria poder colocar botox no cérebro. Tenho verdadeiro pavor de perder a capacidade mental, é isso o que mais me assusta quando penso na velhice. Quero ser uma atriz velha com capacidade de decorar um texto, quero ser lúdica na vida e na família.” Existe um blog britânico muito bacana, chamado Look at Me! Images of Women and Ageing (Olhe para Mim! Imagens de Mulheres e do Envelhecer, em tradução livre). Entre outras coisas, ele contesta a imagem de mulheres mais velhas estereotipadas. Projetos assim ajudam a não propagar a ideia de que envelhecer é algo vergonhoso e que as paixões não diminuem com o tempo – idade nenhuma tira isso da gente. O tempo, na verdade, só ajuda a fortalecer a própria voz.


A médica Ana Claudia Quintana Arantes é geriatra e especialista em cuidados paliativos, uma área da medicina que acompanha os últimos dias de uma pessoa. No dia a dia de trabalho, ela convive com pessoas mais velhas porque tem a ver com sua especialidade médica. Mas, na rotina fora do consultório, ela também tem entre as melhores amigas mulheres de 70, 80 anos. “Há pessoas que não têm idade. Elas não se comportam conforme o tempo cronológico. Mas não porque não se aceitam, mas porque estão acima da cronologia. É espiritual e está além do tempo. São pessoas que se relacionam com crianças, jovens, adultos e mantêm com todos um nível de sintonia igual. Elas entram em contato com a essência delas mesmas e com isso tiram de nós o melhor que podemos dar.” Só que nem todo mundo consegue enxergar a vida dessa perspectiva e, com o passar dos anos, vai se transformando em fruta azeda. “Quem envelhece mal só encontra o que há de ruim nesse processo. Essas pessoas, em geral, se distraem para evitar o contato com o envelhecimento: não querem ver rugas na cara, gordurinha na barriga, dores nas costas. Elas não querem se encontrar com a realidade cronológica”, acredita Ana. Mas por quê? “Porque não tiveram a oportunidade de encontrar com a realidade existencial que a cronologia deu. O tempo dá a possibilidade de construir, reconstruir, de se descobrir, descobrir o outro, rever posturas. E  então você não consegue ficar frente a frente com o tempo, você quer ficar naquele tempo em que achava que tinha chance. Você tem 30 e quer ter cara de 18. E o que as pessoas não entendem é que não é o fato de você parecer menos que vai fazer viver mais”, acrescenta a médica que acaba de lançar uma obra essencial para o bem-viver.
 
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Entender a passagem do tempo também tem relação com o desapego. Para Anne Karpf as pessoas que envelhecem melhor são aquelas que carregam menos coisas ao longo da jornada. Isso significa ter a capacidade de se livrar de ideias, conceitos, verdades. “É necessário certa flexibilidade de espírito. Só que desapegar-se de velhas narrativas pode ser extremamente doloroso; envolve luto pelo que nunca aconteceu assim como pelo que aconteceu, e admitir fracassos, pontos de vista errados. Exige que reconheçamos que não controlamos o desenrolar da vida”, diz. Não é só isso, claro. Conforme os anos se adentram, as perdas são inevitáveis. Amigos, pessoas queridas. Daí um ponto importante: saber se reinventar, descobrir delicadezas na trajetória mesmo diante das adversidades e manter o olhar curioso. “Vai ser bem legal você experimentar.” Foi com essa frase e desse jeitinho que a médica Ana Claudia conseguiu convencer um paciente, um senhor de 84 anos, a fazer terapia. “Ele dizia que não tinha tempo para isso, e eu o convenci que esse, então, era o melhor momento. Se o tempo dele estava acabando, por que não conhecer algo novo? Ele foi. Que alma incrível é essa que se disponibiliza a aprender algo novo? Isso rejuvenesce”, acredita.

 Tem gente que busca isso se reinventando sempre e construindo muitas vidas dentro da mesma vida. Isso depende muito de nós mesmos, claro. E também de disposição e vontade. Mas, principalmente, das relações que estabelecemos por aí. São elas que vão nos guiar sempre. Uma pesquisa feita pela farmacêutica Abbot perguntou a mais de 5 milhões de homens e mulheres, ao redor do mundo, o que era para cada um deles viver ao máximo. Bom, para 94% envelhecer de modo saudável é muito importante na jornada. E como conseguir isso? Conforme me explicou o diretor de marketing corporativo da empresa, Marcos Leal, a chave, para boa parte das pessoas, está nas relações, como o convívio com a família (60% das pessoas responderam isso) e nas relações afetivas (57%). E precisamos encontrar maneiras diversas de fazer isso. No livro O Clube do Livro do Fim da Vida (Objetiva), o jornalista americano Will Schwalbe conta sobre os últimos meses da mãe. Ela estava com câncer e fazendo quimioterapia. Havia sido uma mulher intensa, viajou, criou bibliotecas em lugares improváveis, e esperar a morte chegar não combinava com ela. Então ela e Will criam um clube do livro de duas pessoas e, ao longo da quimio, comentavam sobre as obras e, algumas vezes, sobre a vida. Dessa forma, ele e a mãe encontraram a maneira de ela se despedir da vida de um jeito não muito diferente de quem foi durante todo o caminho: intensa, cheia de paixões e com vontade de aprender sempre.

 Envelhecer não se trata, de novo, de colecionar rugas, mas experiências,
Um envelhecer cheio de significado e aprendizados é incrível, mas o que fazer quando uma doença incapacitante bate à porta (todos estamos sujeitos a isso). Talvez a velhice agora não tenha tanta beleza. Ledo engano. Novamente, tudo é uma questão de olhar. O médico e filósofo Antônio Pessanha Henriques Junior administra um grupo no Facebook chamado Educação para a Morte, e conversei com ele sobre o que fazer quando, apesar do cultivo de um bom envelhecimento, você dá de cara com uma doença degenerativa ou uma demência. Pessanha me respondeu com uma reflexão: “O bem viver e o bem envelhecer passam, obrigatoriamente, em buscar relações honestas, e isso não é um quesito quantitativo, mas qualitativo. Se tudo correr bem, vamos morrer no final. 

Muitas doenças em nossa trajetória podem ser previsíveis e evitáveis, outras não. Aceitá-las pode ser um grande exercício e, se você construir boas relações, seremos pessoas boas para cuidar”. Viu? Olha as relações novamente aí.

 O estudante de psicologia de São Paulo Bruno Camargo costuma dizer que acompanha o envelhecer dos pais desde sempre – quando ele nasceu, a mãe já tinha mais de 40. Hoje, ela tem 68 anos e a memória falha todos os dias. Dona Isa tem Alzheimer. Para falar sobre o dia a dia da mãe e para preservar a memória de quem ela foi por boa parte da vida, Bruno criou uma página no Facebook chamada Dona Isa, Histórias para Compartilhar. “Com a doença da minha mãe aprendi que não existem só os momentos tristes, existem, sim, muitos momentos felizes de recordação, conquista e prazer em descobrir algo novo. Tudo vai depender de como olhamos e vivemos esses momentos. Hoje vejo que cuidar, fazer o dia dela ser um pouco melhor e menos confuso, e compartilhar toda essa experiência com os outros me ajuda a colocar a cabeça no travesseiro, à noite, e ter a certeza que, de alguma forma, tenho ajudado muita gente a ter um pouco mais de luz, esperança e amor.” É isso, Bruno, envelhecer é também – e finalmente – uma lição de amor com o outro e com a gente mesmo. O tempo, afinal, não rouba a nossa essência, aquilo que fomos, as pessoas com quem nos relacionamos, o que construímos, destruímos, os adeuses que tivemos de dar, as lágrimas que deixamos cair (de alegria ou tristeza), os filhos que tivemos – ou não – os casamentos, ilusões, sonhos. Tudo isso faz parte de cada um de nós, da nossa história, do nosso ciclo de vida. Permanecemos nós mesmos, só que mais velhos. Em vez de brigar, esconder a qualquer preço as marcas do tempo, abrace-as, aceite, comemore. Essa é a beleza maior de viver, aproveitando a festa até o último minuto.

Vida Simples Digital

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

DICAS DE CURA PELA NATUREZA: Estas frutas não devem ser comidas juntas - a combinação delas pode ser muito prejudicial!



Temos a impressão de que frutas, verduras e legumes são sempre bem-vindos, mas não é bem assim.

Não é porque acrescentamos um vegetal que o alimento se torna mais saudável.

Na verdade, há combinações perigosas e que podem atrapalhar muito o processo digestivo.

Os adultos, com a má digestão, sofrem o desconforto; mas as crianças podem ter consequências ainda piores.

Portanto, é muito importante esclarecer que existem combinações perigosas:

- Banana e pudim: além de deixar o estômago pesado, a mistura aumenta a produção de gases tóxicos, o que é especialmente ruim para as crianças.

- Laranja com cenoura: esta mistura é bem comum em lugares que vendem sucos naturais, mas ela causa muita azia, excesso de danos no sistema renal.

- Abacaxi com leite: esta mistura causa náuseas, gases, dor na cabeça e no estômago.
Além disso, aumenta os riscos de diarreia e infecção.
Agora imagine esses sintomas num bebê...Complicado, não é?

- Mamão com limão: A mistura de mamão com limão pode prejudicar a digestão.
Frutas doces não combinam com frutas ácidas.

- Goiaba com banana: misturar goiaba com banana aumenta a acidez do estômago.
O resultado disso são gases, dor na cabeça e no estômago.

- Laranja com pão: algumas pessoas gostam de consumir sanduíche com um copo de suco de laranja.
Saiba que a fruta é incapaz de processar os amidos presentes no pão.
A combinação é superdifícil de digerir, principalmente para as crianças.

- Verduras e frutas: por causa do açúcar das frutas, a digestão das verduras fica mais lenta, o que causa fermentação e, com isso, intoxicação.
Os sintomas são diversos, como dor na cabeça, dor no estômago, diarreia e infecções graves.
Além desse esclarecimento, é importante mais uma observação: cada fruta só deve ser misturada com outra do mesmo grupo.

Veja:

- Doces: aquelas frutas que não contêm acidez, como pêssego, ameixa, banana, maçã, melancia e melão.

- Ácidas: frutas ricas em ácidos, como grapefruit, laranja, limão, mirtilos, kiwi, uvas e abacaxi.

Semi-ácidas: a presença de ácidos é menor neste grupo; podemos citar maçã verde, manga, framboesa e morango.

Neutro: aquelas que têm mais proteínas, vitaminas, sais e óleos - abacate, coco, amendoim, amêndoas e nozes.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Gratidão

Há pouco mais de cinco anos, em uma noite qualquer do mês de outubro, sentei despretensiosamente na frente do computador e no meu perfil do Facebook digitei “um agradecimento por dia” e criei uma hashtag (#umagradecimentopordia). E, em seguida, escrevi: “a família maravilhosa que eu tenho”. Eu não tinha a menor ideia que uma ação tão simples mudaria minha vida e a de muita gente. Naquele momento, estava apenas sendo movida pela minha vontade de trocar as lamúrias, tão frequentes na web, pela gratidão. Foi uma atitude espontânea. Confesso que, segundos antes de publicar, cheguei a pensar duas vezes. Senti vergonha de expor meus sentimentos publicamente. Mas num gesto de ousadia apertei a tecla “enter”. E de fato... entrei! Aprendi a agradecer quando comecei a praticar, em 2008, as Danças Circulares, uma atividade que  integra corpo, mente e emoções, promovendo união e espírito comunitário. E, desde então, percebi o quanto minha vida foi se tornando mais brilhante e generosa. Mas fazer isso em silêncio, embora tenha grande valor e força, é completamente diferente de demonstrar gratidão abertamente. A mudança de perspectiva me trazia novas possibilidades e desafios: o olhar dos outros, a interferência positiva ou negativa, a exposição a comentários, elogios e críticas. Não sei exatamente o que me levou a tornar isso público. Talvez uma gratidão transbordante, que não cabia em mim naquele momento e pediu para nascer. Mas acredito que o mais forte era a esperança de cocriar um universo de bons sentimentos, pensamentos conscientes e ações lúcidas, aliada à simples constatação: por onde começar se não por mim mesma?

Esse primeiro agradecimento gerou um comentário aqui, outro ali e algumas pessoas curtindo. Cada vez mais à vontade, segui agradecendo, sempre de noite, atenta ao que havia acontecido no meu dia, iluminando os momentos, amplificando a presença, colecionando emoções em forma de estrelas. E assim, aos poucos, essa prática se tornou um ritual, uma espécie de pausa para registrar a quem quer que fosse o que teve significado no meu dia. O curioso é que não precisava acontecer algo muito especial. Podia ser a visão de uma flor no caminho, o abraço de um dos meus filhos, o sorriso de um desconhecido no supermercado, o amor incondicional e as brincadeiras dos meus cachorros, um telefonema de um amigo ou mesmo a ajuda diária das pessoas que nos rodeiam e que tantas vezes ignoramos. Percebi que quanto mais agradecia, mais tinha a agradecer.  Com o tempo, mais pessoas curtiam e acompanhavam. Três amigas próximas entraram na corrente também, inspiradas pelo meu exemplo. E mais gente foi chegando de maneira bastante espontânea, ampliando a pequena comunidade de “agradecedores”. Como eu já tinha um número razoável de seguidores, resolvi criar um blog, no qual compartilho os agradecimentos postados por conhecidos e desconhecidos, textos e frases que falam sobre a importância de praticar a gratidão. Lembro até hoje quando recebi a seguinte mensagem: “não durmo sem ler o seu agradecimento do dia”. Fiquei surpresa! Que fenômeno era esse que tocava tantas pessoas? Por que um simples gesto de gratidão inspirava tanto? Fui percebendo que esse ato, inicialmente solitário, protagonizava uma voz coletiva de humanidade. O simples, afinal, poderia ser profundo.
 
Com o passar do tempo, esse gesto se tornou totalmente incorporado na minha rotina e na de dezenas de novos adeptos, entre amigos e conhecidos. Percebi que cada pessoa que iniciava o agradecimento passava por um processo parecido: começava meio sem jeito e envergonhada e, em pouco tempo, já estava à vontade e influenciando novos seguidores. Amigos de amigos começaram a fazer. E, dessa forma, cada um se tornava um agente transformador, espalhando sementes preciosas de gratidão por aí. Era curioso ver os estilos. Alguns colocavam foto, outros começavam sempre agradecendo a Deus. Tinha gente que escrevia parágrafos inteiros. E aqueles que ficavam satisfeitos com frases curtas. Alguns gostavam de expor seus sentimentos marcando pessoas e personalizando ao máximo seus posts. 
Outros compartilhavam links com mensagens e Complementavam com um toque pessoal. Lembro de um agradecimento que achei muito divertido: eram dias de verão escaldante e a pessoa agradecia por ter ar condicionado. Independentemente da motivação, cada post era inspirador. Não nego que durante esses anos eu tive períodos difíceis, quando agradecer foi forçosamente delicado. Nas noites escuras da alma, sempre procurei a sutileza dos aprendizados que me chegam pela dor. Talvez esses sejam os maiores desafios: exercitar o olhar grato independentemente da situação que se apresenta; aceitar os fatos como eles são – positivos ou negativos –, transformando cada dia num generoso campo de aprendizado; ver beleza nos detalhes, nas miudezas, nos pequenos presentes desaparecidos aos olhos comuns; identificar o quão preciosa pode ser a composição da nossa rotina. Tenho uma amiga que  achou um motivo para agradecer em plena dor, no dia em que o pai foi enterrado. Nunca esqueci, foi um grande ensinamento para mim. Tempo de colheita 
 
O projeto Um Agradecimento por Dia foi crescendo de maneira muito orgânica. E a gente sempre acredita que está no caminho certo – mas nunca tem certeza total disso. Essa certeza me veio em janeiro de 2014, quando fui convidada para palestrar no TEDxJardins, em São Paulo, sobre meu projeto. Eu teria 18 minutos para dar o recado e contar toda a trajetória até ali, durante um TED, um encontro que tem como objetivo espalhar boas ideias. Respirei fundo e fui. Ao final da minha fala, concluí com uma provocação: pedi para todos da plateia fecharem os olhos e se conectarem com algo que os fizesse se sentir profundamente gratos naquele instante. Em seguida, sugeri  que escolhessem alguém para compartilhar. Foi uma comoção geral. 
 
 
As pessoas não queriam parar de conversar. Do palco, eu via sorrisos, brilhos nos olhos, amorosidade. A sala inteira estava em estado de gratidão. Senti a força desse sentimento, potencializada mil vezes. Fiquei arrepiada de ver! Uma fotógrafa, que eu não conhecia e depois virou amiga e agradecedora, me falou: “É impressionante o que aconteceu nessa sala. Que poder incrível!” Ela estava muito emocionada também. Quando terminei, fui procurada por outro palestrante, um psicólogo que falaria no período da tarde, Helder Kamei. Ele me contou sobre a estreita relação entre a gratidão e a psicologia positiva. Assisti à palestra dele e fiquei bem impressionada. Aprendi que esse movimento científico, que teve início em 1998 com o psicólogo americano Martin Seligman, redefiniu e expandiu  o campo da psicologia. Seligman apontou a necessidade de mudança no foco das contribuições da psicologia, da doença mental para as motivações, capacidades e potenciais humanos. Ele ressaltava que a psicologia não deve ser apenas o estudo da fraqueza e do dano mas também das forças e virtudes presentes em nós. Ou seja, tratar não deveria significar apenas consertar o que está com defeito mas também cultivar o que cada um tem de melhor, promovendo as qualidades em vez de apenas reparar o que vai mal. É uma abordagem científica do que torna a vida mais plena e feliz. E a gratidão – descobri depois – é um dos pilares essenciais dessa abordagem. Ainda como uma colheita do meu projeto, no ano passado, concorri ao Prêmio Shift Agentes Transformadores e fui uma das dez selecionadas – fiquei em quinto lugar. O prêmio tem como objetivo  reconhecer trabalhos que sejam “provas emocionantes da capacidade humana de transformar o mundo através da consciência, da compaixão e do propósito elevado”. 
 
O que aprendi com tudo isso? Jamais devemos duvidar do poder da semente. É ela que carrega toda a história do “vir a ser”. Em sua aparente miudeza condensa uma força inigualável para brotar o novo. Lindo de ver e de viver. Até hoje fico encantada em perceber como um gesto tão simples e pequeno se espalhou e contagiou centenas de pessoas, potencializando o que há de bom em cada um de nós. Numa época em que ainda se insiste em propagar violência, tragédias e tudo de pior que o homem pode fazer, essa prática nasceu na total contramão, mostrando que é possível escolher – a todo instante – e conectar com o melhor que a vida tem para oferecer. 
 
Ainda tenho o hábito diário de  postar meu agradecimento e também de ler as publicações dos outros, conhecidos e desconhecidos. É gratificante ser inundada por pessoas gratas em vez de vozes que reclamam o tempo todo. Parece um milagre, um mundo paralelo. Sinto que nesses mais de cinco anos de projeto minha vida melhorou muito. E isso não significa que eu deixei de ter problemas. Para mim, exercitar a gratidão é uma filosofia diária, com acesso livre para qualquer pessoa. Agradecer é celebrar a vida. Ser grato é principalmente uma escolha consciente de ver o copo meio cheio em vez de meio vazio. Os dois olhares estão corretos. Qual você quer? Sua colheita dependerá da sua escolha.
 
 DEBORAH DUBNER 

domingo, 25 de dezembro de 2016

Cuidados com a saúde que uma mulher de 50 anos ou mais deve ter


Completar 50 anos já deixou de ser sinônimo de velhice. Cada vez mais vemos mulheres maravilhosas e ativas nessa idade. E você, como está?
om a expectativa de vida aumentada para em média 77 anos, a mulher aos 50 costuma estar em plena atividade física e intelectual, produzindo, trabalhando e se relacionando amorosamente. Ninguém ousaria dizer que mulheres como Paula Toller, Demi Moore, Sharon Stone, Luiza Brunet e outras beldades sejam velhas.
Além da situação econômica privilegiada que essas mulheres desfrutam, elas têm qualidade de vida e cuidados com a saúde, o que não costuma ser a situação da maioria das mulheres brasileiras que chegam a essa idade.
A Revista Gaúcha de Enfermagem em sua edição de junho de 2015, traz dados preocupantes sobre a atenção da saúde pública com a mulher de 50 anos ou mais. A revista publicou uma pesquisa que concluiu que as mulheres com mais de 50 estão em vulnerabilidade. Não existem programas voltados para essa faixa como para as mulheres em idade fértil. Porém, isso não impede que as mulheres acima de 50 busquem acompanhamento médico no SUS para o climatério, menopausa e saúde no geral.  
Como deve se alimentar uma mulher nessa faixa etária
A mulher de 50 anos em sua maioria está na menopausa e já cessaram os períodos menstruais, o que significa menor risco para anemia. Ainda assim a alimentação deve incluir fontes de ferro como feijão, vegetais verde-escuros, lentilha, frutas secas, ovos e carne, especialmente a carne vermelha. É importante também comer frutas e legumes que forneçam vitamina C, pois esta ajuda a fixar o ferro no organismo. Alimentos como manga, kiwi, morango, melão e melancia, e vegetais como brócolis, tomate, repolho, pimentão, batata e espinafre são ótimas fontes de vitamina C.
Hidratar-se também é importante, especialmente a partir dos 50. Tome quantidades adequadas de água ao longo do dia.
Outro cuidado com a alimentação para essa faixa é com relação ao cálcio. E ao contrário da crença geral, a melhor fonte de cálcio não são os laticínios. Eles fornecem cálcio, mas esse cálcio só irá para os ossos em presença de magnésio. O ideal é usar brócolis, sardinha, linhaça, semente de gergelim, grão de bico e chia, que além do cálcio fornecem fibras, ômega 3 e ferro.
A vitamina D ajuda a fixar o cálcio e pode ser conseguida através da exposição ao sol por 20 minutos (sem filtro solar). Especialmente o sol do meio-dia. E não se preocupe, isso não causará câncer de pele. Use o filtro solar se decidir ficar mais que 20 minutos ao sol. Se optar por suplemento de vitamina D, procure o médico. Doses diárias devem ser por volta de 10.000 UI. Menos que isso terá pouco ou nenhum efeito, já que os 20 minutos ao sol fazem a pele produzir em média 20.000 UI
Mexa-se
O exercício físico é importante em todas as fases da vida e não é aos 50 ou mais que essa necessidade irá cessar. A natureza não é boazinha para essa faixa etária, enquanto uma jovem de 25 anos com 58 quilos, tem 27% de gordura na composição de seu peso, a mulher de 50 anos e mesmo peso terá 40% de gordura corporal. Para reverter essa tendência o exercício aeróbico e a musculação são necessários. Um bom exemplo de drible na má forma que os 50 costumam trazer é Solange Frazão, personal trainner de 53 anos - está certo que ela sempre fez exercícios, mas se ela pode, qualquer uma pode ter músculos definidos nessa idade.
Se o objetivo for manter a forma sem ganhar músculos, uma caminhada de 40 minutos três vezes na semana já trará muito benefício. Além de tudo é bom para a sexualidade que costuma declinar nessa idade. Caso seja necessário, faça reposição hormonal com hormônios bioidênticos já que os tradicionais podem causar câncer, infarto e/ou AVC. Converse com seu ginecologista, ele deve ser seu melhor amigo nessa fase.
  Mantenha-se ativa
Não jogue a toalha achando que está velha. Conheço muitas mulheres nessa faixa que estão iniciando uma carreira - uma de minhas amigas formou-se como coaching recentemente, outra terminou a segunda faculdade como fisioterapeuta. Algumas mudando de atividade (de advogada para artesã), uma está escrevendo um livro e outra casou-se em dezembro. Nessa faixa temos muito em que contribuir - temos experiência, vivência e sabedoria que só a idade pode trazer.
Aprenda algo novo, ensine o que sabe, ajude, sirva, ame, sonhe e desafie a si mesma. Você ainda tem muito chão pela frente.
Stael Ferreira Pedrosa


Dicas de Cura pela Natureza: 17 sinais de que seu corpo está muito ácido - e 9 formas de alcalinizá-lo rapidamente!

O nosso corpo precisa ter o pH ligeiramente alcalino, uma vez que a acidez é prejudicial à saúde.
Um corpo ácido é propício para o desenvolvimento de bactérias, leveduras e muitas doenças.
Para evitar essa situação, o próprio organismo se encarrega de retirar os minerais dos órgãos vitais e dos ossos para neutralizar o pH, tentando diminuir a acidez.
Portanto, nessas condições, podemos ficar carentes de cálcio, sódio, potássio e magnésio – problema que pode passar despercebido por muito tempo.
Felizmente, podemos contribuir com o bom funcionamento do corpo.
Basta evitar o consumo de alguns alimentos ácidos, como:
- Carne (principalmente em excesso)
- Laticínios
- Açúcar
Se o organismo ácido não for tratado a tempo, com certeza sofreremos alguns danos causados pela acidose (desequilíbrio do pH), como:
- Gengivas sensíveis e inflamadas
- Deficiência imunológica
- Ciática, lombalgia e rigidez do pescoço
- Problemas respiratórios , falta de ar e tosse
- Excesso de fungos (como cândida)

- Falta de disposição e fadiga crônica
- Danos cardiovasculares, má circulação sanguínea a redução de oxigênio
- Problemas cardíacos, arritmia, aumento da frequência cardíaca
- Ganho de peso, obesidade e diabetes
- Infecção na bexiga e nos rins
- Envelhecimento prematuro
- Náuseas, vômitos e diarreia
- Osteoporose, ossos frágeis e fraturas de quadril
- Dores de cabeça , sensação de confusão e sonolência
- Dor nas articulações, dores musculares e acúmulo de ácido láctico
- Alergias
- Problemas de pele
O pH normal para todos os fluidos do corpo é alcalino, exceto o do estômago.
Apesar de, como já dissemos, o organismo ser capaz de neutralizar a acidez do sangue, esta não é uma alternativa saudável, pois prejudica outros sistemas do corpo, levando a problemas graves.
Para saber como anda o seu pH sanguíneo, é importante entender que ele pode variar de 6,75  a 7,25, mantendo-se num estado saudável.
A melhor forma de equilibrar o pH do sangue é pela alimentação.
Mas não vá pensando que é possível reconhecer os alimentos alcalinos apenas pelo sabor.
O limão, por exemplo, embora muita gente pense que ele é ácido, quando o digerimos, torna-se alcalino.
Uma dica: o cálcio, o ferro, o magnésio, o potássio e o sódio são os principais minerais alcalinizantes.
Ou seja, os alimentos que são ricos nestes minerais são excelentes para a saúde.

No entanto, é bom saber que a maioria dos alimentos são compostos por minerais ácidos e alcalinos ao mesmo tempo – tudo o que precisamos saber é o que predomina mais.
Nosso corpo foi feito com limites, pensando-se no equilíbrio.
Então qualquer desequilíbrio é prejudicial.
 E, assim, o excesso de alcalinidade também é muito ruim.
Como equilibrar o pH do sangue?
Siga estes passos:
1. Verifique o seu pH regularmente (existem exames para isso)
2. Se sua alimentação for muito acidificante, beba muita água (água alcalina quando possível)
3. Retire ou diminua o consumo de alimentos ácidos
4. Substitua, de vez em quando, um almoço tradicional por uma rica salada com folhas verdes, cebola e temperada com limão (não use vinagre comum)
5. Consuma folhas de acelga, alface, couve e aipo/salsão
6. Evite consumir alimentos processados
7. Evite refrigerante, açúcar e café - prefira beber chás.
8. Substitua o leites de vaca por leite de amêndoas ou de girassol
9. Adicione sucos verdes em sua dieta
A medicina natural acredita que o alimento que consumimos tem impacto direto sobre a nossa saúde.
Portanto, cuide-se!

Dicas de Cura pela Natureza: Ansiedade e depressão destroem nosso corpo - aqui estão 10 ervas que podem ajudar!


As pessoas se preocupam muito com a saúde física e, muitas vezes, se esquecem da psicológica.
É justamente a saúde mental que influencia todas as atividades e funções do corpo.
Nos dias atuais, de muito estresse e frustrações, o consumo de antidepressivos infelizmente é bastante comum.
O problema é que esses medicamentos químicos têm efeitos colaterais, como:

Convulsões
- Dificuldade para caminhar
- Problemas de memória
- Pele ou olhos amarelados
- Mudanças de humor (como pensamentos suicidas, alucinações)
- Perda da coordenação motora
- Fala arrastada ou dificuldade em falar
Por isso a melhor solução é buscar alternativas naturais.
Aqui estão algumas:
1. Lavanda (ou alfazema)
A erva tem um cheiro agradável e trata distúrbios nervosos e depressão moderada.
A lavanda possui propriedades neuroprotetoras que ajudam no caso de distúrbios neurológicos e evitam oscilação de humor.
Você pode consumir a lavanda fazendo um chá.
Ou, se desejar, adicione algumas gotas de óleo essencial de lavanda na hora do banho e relaxe.
Há também a opção de colocar algumas flores secas na fronha do seu travesseiro, antes de dormir.
Atenção, pois esta erva pode ter efeitos colaterais, como irritação - caso seja aplicada sobre a pele -, aumento de apetite ou dor na cabeça.

2. Erva-de-São-João
Esta é uma planta que pode ser encontrada facilmente e é um ótimo antidepressivo.
É importante consultar o seu médico antes de consumir a planta.
Apesar de não serem comuns os efeitos colaterais, apenas se usada em excesso, ela pode provocar reações alérgicas à exposição solar.
Além disso, pode causar erupções cutâneas, diarreia, nervosismo, ansiedade, irritabilidade, tonturas, dor de cabeça, dor de estômago, fadiga, sensação de formigueiro, boca seca e problemas para dormir.

3. Valeriana
Ela combate dor de cabeça, ansiedade e insônia.
Ela costuma ser uma alternativa bastante segura, mas acontece, em casos raros, de causar desconforto, dores de cabeça e até mesmo insônia em algumas pessoas.
Portanto, se você quiser parar de usá-la, depois de certo tempo, é recomendável que reduza a dose durante uma semana ou duas antes de encerrar completamente o tratamento.

4. Flor de maracujá
Esta é uma flor exótica, com um cheiro agradabilíssimo, doce e que age como sedativo.
A flor de maracujá é ótima para tratar insônia, convulsões e ansiedade.
Ela promove o relaxamento, uma vez que reduz a atividade de algumas células no cérebro.
Além disso, é eficaz no tratamento de transtornos mentais, tendo menos efeitos colaterais sobre a capacidade cognitiva do que outros medicamentos químicos.
Apesar de ser considerada segura, raramente pode causar tonturas, vômitos, alterações da consciência, confusão, náuseas, ação muscular irregular e um ritmo cardíaco irregular.

5. Ashwagandha
Ashwagandha é frequentemente usada na Ayurveda.
Ela é sobretudo utilizada nos tratamentos de insônia e de agorafobia, que é a ansiedade estimulada pelo medo a espaços abertos e grandes multidões.
Um estudo randomizado realizado em 2012 incluiu 64 voluntários.
Os resultados deste estudo demonstraram que ashwagandha efetivamente reduz os níveis de cortisol, o hormônio associado ao estresse.
Você pode usar esta erva em forma de chá ou como um suplemento (cápsulas).
Se quiser consumi-la e não encontrar na sua cidade, existem lojas na internet que vende a planta em cápsulas (pesquise no Google).
Efeitos colaterais: Esta planta é considerada segura se consumida por via oral por um período curto de tempo.
No entanto, pode provocar efeitos colaterais como vômitos, diarreia ou dor de estômago.

6.Rhodiola
Muito comum na medicina chinesa, a rhodiola trata exaustão e fadiga crônica, diminuindo estresse e promovendo mais energia e sensação de bem-estar.
Além disso, ela regula náuseas , tremores, falta de ar e tonturas.
O uso prolongado e excessivo pode ser perigoso, mas ainda não se conhecem os seus efeitos colaterais secundários.
Suplementos desta planta são encontrados com certa facilidade na internet.

7. Camomila
Basta tomar uma xícara de chá de camomila todas as noites.
Assim, você vai garantir uma noite tranquila, sem ansiedade.
A camomila contém poderosos ingredientes ativos, como luteolina, apigenina, e α-bisabolol, que relaxam o corpo graças à redução da pressão arterial.

8. Alecrim
Esta erva benéfica tem propriedades neuroprotetoras.
A fim de melhorar a sua memória e o desempenho cognitivo, você pode sentir o cheiro da erva fresca ou ingerir seu chá - o que também vai reduzir a tensão.
É bom procurar um médico antes de usar a erva para algum tratamento.
Não é seguro consumir o alecrim sem diluí-lo.
O uso excessivo (muito exagerado mesmo!) da erva pode causar vermelhidão da pele, reações alérgicas, sangramento uterino, irritação no rim, vômitos e aumento da sensibilidade ao sol.

9. Baunilha
Algumas pessoas ficam mais relaxadas só em sentir o cheiro de baunilha.

Por isso há muitos cremes e velas à base desse ingrediente.
Apesar de ser natural e segura, a baunilha pode causar dores de cabeça, inchaço, irritação ou insônia, se não for consumida com moderação.
10.Erva-cidreira
Reduz a ansiedade e aumenta a qualidade de vida em casos de demência grave.
Além disso, a erva-cidreira promove mais tranquilidade, fortalece a memória e a atenção.
É uma alternativa barata e segura, mas pode causar - se usada em excesso - dor abdominal, náusea, tonturas e vômitos.
O ideal é que os adultos consumam durante um mês, enquanto as crianças apenas por uma semana.
PARA TERMINAR...
Os antidepressivos naturais são seguros.
Mas não pode haver consumo exagerado.
E, mesmo naturais, o ideal é que sejam prescritos por seu médico.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Benefícios da caminhada para a saúde


Parece um exercício simples, mas é uma prática excelente. Conheça os benefícios da caminhada para a saúde.

Abandonar o sedentarismo e melhorar a saúde e a qualidade de vida. Estes benefícios podem ser obtidos com uma simples caminhada, atividade que não requer equipamentos especiais, nem preparativos. Bastam roupas confortáveis, um par de tênis e um pouco de disposição. Educadores físicos recomendam iniciar com 30 minutos de caminhada em dias alternados, em um ritmo ligeiramente superior aos das passadas comuns.
A atividade traz benefícios para o corpo e para a mente. A caminhada estimula o organismo a aumentar a produção de alguns neurotransmissores, como dopamina, serotonina e endorfina, que são responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer. Em outras palavras, a caminhada “vicia”, mas este é um vício “do bem”.

Caminhada contra a depressão

A liberação dos neurotransmissores durante a caminhada é um processo automático. Isto aumenta a alegria e o relaxamento. A partir do momento em que a atividade se torna um hábito, o organismo produz mais dopamina, serotonina e endorfina, tornando a pessoa mais animada e bem disposta.

Com isto, é possível partir para a prática de outros exercícios físicos, importantes para o emagrecimento e o condicionamento geral.

A caminhada previne uma série de doenças. Um estudo envolvendo 1.200 pessoas, realizado pela Universidade de Essex (Inglaterra), identificou melhoras no humor e na autoestima dos praticantes de caminhadas, corridas, remo, ciclismo e equitação.

Caminhar para emagrecer

A caminhada provoca o aumento da demanda calórica, o que determina a queima de gorduras localizadas (especialmente no quadril e na região abdominal). O aumento da circulação sanguínea, da atividade muscular e da frequência respiratória também são responsáveis por acelerar o metabolismo.
Um fator extra para quem está pensando em começar a caminhar com regularidade: a prática pode ajudar no controle do desejo por chocolate, que, apesar de útil para o organismo, é extremamente calórico (a ingestão diária recomendada é de apenas 45 gramas, do tipo meio amargo).
Na Universidade de Exeter (Inglaterra), pesquisadores estudaram 25 pessoas consideradas como compulsivas por chocolate (elas ingeriam pelo menos cem gramas do doce diariamente). Os praticantes de caminhadas conseguiram superar o vício em menos de 15 dias.

Boa para o coração e os pulmões

De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, a caminhada pode reduzir a hipertensão arterial. Este efeito ocorre porque, durante o exercício, ocorre um aumento do fluxo do sangue. Isto obriga o dilatamento das veias e artérias, mantendo a pressão sob controle.

A caminhada também obriga as válvulas cardíacas a trabalharem mais, e isto acarreta uma melhora sensível na circulação da hemoglobina (proteína presente nas hemácias, as células vermelhas do sangue), tornando mais eficiente o transporte do oxigênio nos vasos sanguíneos.

Entre os benefícios da caminhada para a saúde, deve ser relacionada a redução dos riscos de infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC). O exercício físico controla a pressão arterial, evita o entupimento das artérias e regula os níveis de colesterol no organismo, além de reduzir a produção e estocagem de gorduras ruins.

Praticada com regularidade, a caminhada fortalece o funcionamento dos pulmões. As trocas gasosas (oxigênio vs. gás carbônica) se tornam mais poderosas – e isto significa que mais impurezas são eliminadas, deixando as vias aéreas com menos poeira e secreções.

Cérebro fortalecido

Este estudo é da Universidade de Illinois (EUA). De acordo com os pesquisadores, que estudaram 1.500 voluntários, a caminhada estimula os circuitos cerebrais e reduz os riscos de problemas com a memória e com a atenção.

O sono é beneficiado pela regularidade das caminhadas. Ao caminhar, nosso organismo produz mais adrenalina, hormônio necessário para a nossa atenção e concentração. Permanecendo mais dispostos durante a vigília, automaticamente nos preparamos para o descanso noturno. Poucas pessoas que praticam caminhada sofrem de insônia ou sonolência.
O corpo como um todo é fortalecido com um descanso mais completo, fato que estimula todas as atividades, inclusive as cerebrais. Além disto, ao praticar a caminhada, todos os órgãos dos sentidos são acionados. Os estímulos valem para as sensações táteis, visuais, olfativas e sonoras.
Caminhadas de percursos superiores a dez quilômetros semanais comprovam que as chances de redução da massa cerebral são diminuídas em 50%; com isto, há menos probabilidades de desenvolvimento do mal de Alzheimer, doença que afeta mais de dois milhões de brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ).

Prevenção e combate ao diabetes

O diabetes tipo 2, ao contrário do tipo 1, não é determinado por causas genéticas, mas pelo cultivo prolongado de maus hábitos, como o sedentarismo e a alimentação inadequada (rica em frituras e embutidos, por exemplo).
A doença surge em função da dificuldade de produção de insulina, hormônio responsável pelo processamento da glicose e consequente envio do nutriente para que ele se transforme em energia. Em excesso, os açúcares permanecem na corrente sanguínea e são responsáveis por diversos males no cérebro, coração, pulmões, rins, fígado e pâncreas
O hábito das caminhadas estimula a produção de insulina, normalizando as taxas de glicose. O exercício físico é útil inclusive para reverter o diabetes tipo 2 e para ajudar a controlar o tipo 1 da enfermidade e as complicações decorrentes.
A caminhada é a prática mais recomendada por médicos e nutricionistas para manter o índice adequado de glicemia, preservar a saúde do coração, favorecer os sistemas vasculares periféricos (reduzindo, com isto, os riscos de amputações, relativamente comuns entre os diabéticos) e manter o peso corporal adequado.

Dicas para a caminhada

• Dê preferência aos locais planos, bem arborizados e bonitos. O panorama ajuda a estabelecer o hábito. Evite áreas poluídas da cidade.

Observe as pessoas e o cenário. A observação estimula o cérebro e reduz a sensação de cansaço.

• Mantenha o mesmo ritmo durante toda a caminhada. Nos exercícios em grupo, escolha pessoas com ritmo semelhante e procure não conversar enquanto está se exercitando, para não perder a concentração.

• Deixe a respiração fluir naturalmente, aspirando o ar pelas narinas e expirando pela boca. Algumas pessoas conseguem praticar meditação enquanto caminham, o que é bastante útil para manter o ritmo cardiopulmonar. A música também é uma boa companheira para os andarilhos.

• Vista roupas de tecidos naturais, como algodão e linho, pois eles favorecem a transpiração. Arranje um par de tênis confortáveis e fique atento a bolhas e ferimentos nos pés.

• Antes de começar as caminhadas, lembre-se: é necessário submeter-se a avaliações físicas (clínica, metabólica e ergométrica).
Preparado(a)? Boa caminhada!
https://www.remediosnaturais.blog.br/beneficios-da-caminhada-para-a-saude/

Vivendo com depressão (Legendado)





Falta de significado na vida, dor simplesmente por existir e ausência de objetivos são apenas algumas nuances de uma doença devastadora que gradativamente pode dominar todos os aspetos de uma vida que um dia esteve repleta de sonhos.

No vídeo “Living with depression” (Vivendo com depressão, em tradução livre) uma jovem descreve seus sentimentos e jornada lidando com os sintomas da doença.

Esse é o tipo de material essencial para quem não entende como alguém com depressão pode se sentir ou mesmo para aqueles que estão convivendo com a doença e imaginam que estão sozinhos nessa luta.

Lembre-se que “depressão tem tratamento”. Não relute em buscar ajuda.
Josie Conti